RITO DA CELEBRAÇÃO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

 



RITOS INICIAIS



O sacerdote que celebrará esse rito esteja ornado de vestes litúrgicas apropriadas, dependendo da situação em que se é celebrado. No mínimo, usa-se um sobrepeliz e uma estola na cor roxa ou, caso seja celebrado mais solenemente e dentro de um templo, a alva, a estola sacerdotal roxa e uma capa pluvial na cor roxa. Caso seja bispo, ou por indulto especial, pode usar a mitra.

O indivíduo que receberá o sacramento da unção, se for oportuno, deve receber anteriormente o sacramento da reconciliação, de modo a estar apto a receber dignamente o bálsamo dos enfermos.

Seja preparado ao que receberá o sacramento da unção um local em destaque, caso o rito seja realizado no templo.

Sejam feitas adaptações conforme a necessidade e o local em que se celebra este sacramento.

Caso seja feito na igreja, o celebrante saúda o altar com uma reverência profunda. Em seguida, dirige-se à cátedra, de onde prossegue:

Celebrante: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!

Todos: Amém.

Celebrante: A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Em seguida, profere as palavras de acolhida:

Celebrante: Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem, segundo o Evangelho, recorrem os doentes para implorar a cura e que tanto por nós sofreu, está presente no meio de nós, aqui reunidos em seu nome, ordenando-nos mediante o Apóstolo S. Tiago: “Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará, e, se tiver pecados, ser-lhe-ão perdoados”. Confiemos, pois, o nosso irmão doente ao amor e ao poder de Cristo, para que encontre alívio e saúde.

Todos: Amém.


ATO PENITENCIAL



Dispensa-se a celebração do Ato Penitencial caso o enfermo tenha recebido o sacramento da reconciliação antes da realização deste rito.

Caso a celebração seja feita no templo, com a presença de outros fiéis e familiares, o ato penitencial segue normalmente.

Caso a celebração seja feita no domicílio, no hospital, ou em outro lugar, em que haja perigo iminente de morte, o ato penitencial pode ser suprimido mediante oração absolvedora do sacerdote.

O celebrante dirige-se ao povo, convidando-os à contrição:

Celebrante: Irmãos e irmãs, reconheçamo-nos pecadores diante de Deus, nosso Pai, para que por sua infinita misericórdia alcancemos o perdão de nossas faltas. Num breve momento de silêncio, analisemos a nossa consciência.

Faz-se um curto período de silêncio para estabelecer um clima de contrição, de modo que a assembleia e os participantes analisem suas consciências.

Em seguida, o celebrante prossegue:

Celebrante: Tende compaixão de nós, Senhor.

Todos: Porque somos pecadores.

Celebrante: Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.

Todos: E dai-nos a vossa salvação.

Em seguida, o celebrante eleva os braços enquanto profere a absolvição:

Celebrante: Deus Todo Poderoso, tende compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

Todos: Amém.

O celebrante segue com a súplica do perdão:

Celebrante: Senhor, tende piedade de nós.

Todos: Senhor, tende piedade de nós.

Celebrante: Cristo, tende piedade de nós.

Todos: Cristo, tende piedade de nós.

Celebrante: Senhor, tende piedade de nós.

Todos: Senhor, tende piedade de nós.


LITURGIA DA PALAVRA



Um leitor designado fará a seguinte leitura, conforme o ordinário e a situação em que se celebra este rito. Primeiro, introduzirá o povo dizendo:

Leitor: Leitura do Primeiro Livro de Reis.

A seguir, proclamará a leitura:

Leitor: Elias teve medo e partiu, afim de salvar a sua vida. Chegando a Bersabeia, em Judá, deixou ali o seu servo, e caminhou pelo deserto, durante um dia. Sentou-se debaixo de um junípero e desejou a morte: "Basta, Senhor - disse ele - tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais". Deitou-se por terra e adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o e disse: "Levanta-te e come". Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. O anjo do Senhor o tocou uma segunda vez, dizendo: "Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer". Elias levantou-se, comeu e bebeu; e com o vigor daquela comida andou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, a montanha de Deus.

O leitor designado conclui a leitura com as seguintes palavras:

Leitor: Palavra do Senhor.

Todos: Graças a Deus!

Caso essa celebração seja realizada no templo, o leitor designado beija o lecionário e retorna à sua cadeira.


HOMILIA



Nesse momento, o celebrante pode instruir os presentes numa breve homilia, explicando a Palavra de Deus para a reedificação do corpo cristão, que se restaura pela confiança e pela fé, contra as mazelas da vida física. Logo em seguida, dá-se início à ladainha de súplica.


LADAINHA



O celebrante prossegue com as seguintes palavras:

Celebrante: Irmãos, com a oração da nossa fé peçamos ao Senhor pelo nosso irmão N. e imploremos humildemente:

— Visitai-o, Senhor, com a vossa misericórdia e confortai-o com a Santa Unção.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.

 Livrai-o de todo o mal.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.

 Aliviai os sofrimentos de todos os doentes.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.

 Ajudai os que tratam dos doentes.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.

 Livrai-o do pecado e de toda a tentação.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.

 Concedei vida e saúde àquele a quem, em vosso nome, impomos as mãos.

Todos: Ouvi-nos, Senhor.


AÇÃO DE GRAÇAS PELO ÓLEO DOS ENFERMOS



Nesse momento, o celebrante pegará uma pequena âmbula ou frasco adequado portando o óleo dos enfermos e colocará em local vistoso, para ser abençoado e apresentado em ação de graças. Em seguida, continua a ladainha:

 Bendito sejais, Senhor, Pai onipotente, que por amor de nós e pela nossa salvação enviastes ao mundo o vosso Filho.

Todos: Bendito sejais, Senhor.

— Bendito sejais, Senhor, Filho Unigênito, que, tendo descido à nossa humanidade, quisestes dar remédio às nossas enfermidades.

Todos: Bendito sejais, Senhor.

 Bendito sejais, Senhor, Espírito Santo Consolador, que, com o vosso poder, continuamente nos dais coragem para suportarmos as enfermidades do nosso corpo.

Todos: Bendito sejais, Senhor.

Em seguida, o celebrante abre os braços e conclui com uma oração, dizendo:

Celebrante: O vosso servo, Senhor, que é ungido na fé com este Óleo santo, mereça ser consolado nas suas dores e confortado nas suas enfermidades.

O celebrante conclui a oração, unindo as mãos e fazendo uma breve reverência:

Celebrante: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Todos: Amém.


SANTA UNÇÃO



Em seguida, o sacerdote tomará o bálsamo e se aproximará do enfermo que receberá a unção, que estará com as mãos e os pés nus, e posicionado de forma que facilite a administração do sacramento.

Primeiro, o sacerdote ungirá a fronte da testa do enfermo, traçando uma cruz e dizendo:

Celebrante: Por esta Santa Unção, sejam perdoados todos os pecados que cometestes pelo que pensastes.

A seguir, ungirá a boca do enfermo, traçando uma cruz e dizendo:

Celebrante: Por esta Santa Unção, sejam perdoados todos os pecados que cometestes pelo que falastes.

Em seguida, ungirá as duas mãos do enfermo, traçando uma cruz em cada uma e dizendo:

Celebrante: Por esta Santa Unção, sejam perdoados todos os pecados que cometestes pelo que fizestes.

Enfim, conclui o gesto por ungir os dois pés do enfermo, traçando uma cruz em cada um e dizendo:

Celebrante: Por esta Santa Unção, sejam perdoados todos os pecados que cometestes por onde andastes.

O celebrante guarda o bálsamo e, diante do enfermo, eleva a mão direita enquanto diz:

Celebrante: Por esta santa Unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo.

Enfermo: Amém.

Celebrante: Para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos.

Enfermo: Amém.

O sacerdote se afasta um pouco do enfermo. Se for oportuno pode lavar as mãos, caso contrário, apenas seca-as com um manustérgio preparado e adequado.


ORAÇÃO SOBRE O ENFERMO



O sacerdote abre os braços e convida o povo à oração:

Celebrante: Oremos.

O celebrante, então, diz a seguinte oração:

Celebrante: Cristo, Redentor do mundo, nós Vos pedimos: curai pela graça do Espírito Santo a fraqueza deste doente, sarai as suas feridas, perdoai os seus pecados, tirai-lhe todas as dores da alma e do corpo e restituí-lhe, por piedade, a plena saúde interior e exterior, para que, restabelecido graças à vossa misericórdia, retome as anteriores ocupações.

O sacerdote une as mãos e faz uma reverência breve enquanto conclui:

Celebrante: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

Todos: Amém.


PAI NOSSO



Em forma de agradecimento pelo mistério da cura realizado neste sacramento, o sacerdote pode convidar o povo a rezar o Pai Nosso, com a seguinte frase ou outra mui adequada:

Celebrante: Com amor e confiança, rezemos a oração que Jesus Cristo nos ensinou:

O celebrante então, de braços abertos, profere junto com a assembleia:

Todos: Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Após a oração do Pai Nosso, o sacerdote pode administrar o Viático ao enfermo e aos demais presentes, conforme as prescrições ordinárias.


BÊNÇÃO FINAL E DESPEDIDA



O celebrante então estende as mãos para o povo e prossegue:

Celebrante: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Traçando o sinal da cruz com a mão direita, continua:

Celebrante: A todos vós aqui reunidos, abençoe-vos o Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo.

Todos: Amém.

O celebrante, por fim, despede o povo, dizendo:

Celebrante: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

Todos: Graças a Deus.

Terminada a celebração, se feita no templo, o sacerdote e os auxiliares se retiram para a sacristia. O povo, o enfermo ungido e a assembleia se despedem.