RITOS INICIAIS
Preparativos
O sacerdote ou diácono que celebrará esse rito esteja ornado de vestes litúrgicas apropriadas. Somente a estola, na cor dourada, é suficiente ao sacerdote. Aos diáconos, o uso da dalmática é exigido. Aos bispos, o uso da mitra e do báculo é opcional. Aos presbíteros e bispos, o uso da capa de asperges é opcional.
Os noivos escolham um casal de padrinhos cada um. Os noivos e padrinhos esperam no presbitério ou na assembleia, ou entram em procissão, conforme o plano matrimonial.
Caso haja opção pela procissão inicial, faça-se o seguinte: entrem os celebrantes, concelebrantes, ministros, cerimoniários e padrinhos. Os noivos entram à convite do celebrante após a saudação inicial.
Sejam preparados aos noivos dois assentos especiais à frente da cátedra, para que se sentem. Sejam preparados genuflexórios, para que se ajoelhem durante a bênção nupcial.
Procissão de Entrada e Saudação Inicial
O celebrante, a equipe litúrgica, com ou sem os padrinhos, entram em procissão inicial. Todos saúdam o altar com uma reverência profunda. Os padrinhos assumem assentos próximos ao altar na assembleia ou no presbitério.
Caso seja bispo, o celebrante depõe a mitra e o báculo antes de reverenciar o altar.
O celebrante assume a cátedra, de onde prossegue:
Celebrante: Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo!
Todos: Amém.
Celebrante: A Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
O celebrante convida os noivos a entrarem, primeiro o noivo, seguido da noiva. Opta-se serem acompanhados de padrinho ou madrinha, pai ou mãe, ou pessoa selecionada, cada um, se preferirem.
Em seguida, o celebrante profere as palavras de acolhida:
Celebrante: N. e N., a Igreja participa da vossa alegria e vos recebe de coração, assim como a vossos pais, parentes e amigos, neste dia em que, diante de Deus, nosso Pai, ireis firmar entre vós uma aliança para toda a vida. Que o Senhor vos ouça nesse dia de tanta felicidade e vos mande o auxílio celeste, conservando-vos assim por muito tempo; que Ele vos conceda muitas graças, segundo o vosso coração, e realize todas as vossas aspirações.
Todos: Amém.
Em seguida, o celebrante abre os braços e profere a seguinte oração:
Celebrante: Oremos.
Celebrante: Atendei, Senhor, as nossas súplicas, derramai, benignamente, a vossa graça sobre os vossos servos N. e N., que hoje se unem em matrimônio junto do vosso altar, e confirmai-os no amor fiel e santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém.
O celebrante convida todos a se sentarem.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
A seleção de outra leitura apropriada pode ser decidida entre o celebrante ou os noivos. A supressão da primeira leitura é opcional.
A assembleia, os noivos, o celebrante e os concelebrantes se sentam para ouvir uma leitura. O celebrante, se bispo, impõe a mitra.
Um leitor designado vai ao ambão para proclamar a leitura.
Leitor: Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Após brevíssima pausa, continua:
Leitor: Irmãos, caminhai na caridade a exemplo de Cristo, que nos amou e se entregou por nós. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Ele quis santificá-la, purificando-a no batismo da água pela palavra da vida, para apresentar a si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. Assim devem os maridos amarem as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de fato, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação à Cristo e à Igreja.
O leitor designado conclui a leitura com as seguintes palavras:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
O leitor designado beija o lecionário e retorna à sua cadeira.
Aclamação ao Evangelho
Entoa-se hino de Aleluia apropriado à ocasião para aclamar o Evangelho. Suprime-se o hino no Tempo da Quaresma, ou substitui-se por outro adequado. A assembleia e os noivos ficam de pé.
Durante a aclamação, caso haja um diácono designado, cerimoniário ou ministro com devido discernimento, este dirige-se à frente do celebrante e lhe solicita a bênção proclamatória. Em seguida, pega o Evangeliário sobre o altar, erguendo-o e dirigindo-se ao ambão. O proclamante deposita o Evangeliário no ambão e abre-o na página preparada.
A bênção proclamatória concedida pelo celebrante ao proclamante deve ser sussurrada conforme o seguinte:
Celebrante: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios, para que anuncies dignamente o seu Evangelho.
Abençoando o proclamante com o sinal da cruz, prossegue:
Celebrante: Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo.
Caso não haja participantes da equipe litúrgica aptos à Proclamação, o celebrante proclama o Evangelho. Se bispo, proclama-o sem a mitra.
Se o celebrante proclamar o Evangelho, traça o sinal da cruz sobre si mesmo, enquanto sussurra:
Celebrante: O Senhor esteja em meu coração e em meus lábios, para que eu anuncie dignamente o seu Evangelho. Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo.
Celebrante: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios, para que anuncies dignamente o seu Evangelho.
Celebrante: O Senhor esteja em meu coração e em meus lábios, para que eu anuncie dignamente o seu Evangelho. Em nome do Pai, do Filho † e do Espírito Santo.
Proclamação do Evangelho
Ao final da Aclamação, o proclamante prossegue dizendo o seguinte:
Proclamante: O Senhor esteja convosco!
Todos: Ele está no meio de nós!
O proclamante, traçando o sinal cruz tríplice sobre si, enquanto a assembleia repete o gesto, diz:
Proclamante: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo †, segundo João.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Após brevíssima pausa, continua:
Proclamante: Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Como o Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
O proclamante encerra, dizendo:
Proclamante: Palavra da Salvação!
Todos: Glória a vós, Senhor!
O proclamante beija o Evangeliário. Em seguida, retira-se para sua cadeira ou posição. A assembleia e os noivos se sentam.
Todos: Ele está no meio de nós!
Proclamante: Palavra da Salvação!
Todos: Glória a vós, Senhor!
Homilia
Nesse momento, o celebrante, de pé, pode instruir os noivos numa breve homilia, explicando a Palavra de Deus para a edificação do lar cristão que está sendo fundado nessa celebração.
Se bispo, o celebrante confere a homilia sem mitra e báculo.
RITO SACRAMENTAL
Convite
Se bispo, o celebrante impõe a mitra.
O celebrante convida os noivos a ficarem de pé, frente ao altar, para a celebração do Sacramento do Matrimônio. A assembleia permanece sentada.
O celebrante, de mãos unidas, prossegue com as seguintes palavras:
Celebrante: Caros noivos N. e N., viestes a este templo para que, na presença deste ministro da Igreja e da comunidade cristã, a vossa decisão de contrair matrimônio seja marcada por Cristo com um sinal sagrado. Cristo abençoa com generosidade o vosso amor conjugal. Já vos tendo consagrado pelo Batismo, vai enriquecer e fortalecer-vos agora com o sacramento do Matrimônio, para que sejais fiéis um ao outro por toda a vida e possais assumir todos os deveres do matrimônio.
Diálogo
Em seguida, admoesta os noivos com as seguintes palavras:
Celebrante: Caros noivos, antes de assumirem a aliança do matrimônio, a Igreja convida-os a expressar a natureza altruísta de seu amor perante a assembleia, que dará testemunho destas promessas diante de Deus.
O celebrante fará aos noivos uma série de questionamentos, das quais eles deverão consentir para firmarem o laço matrimonial.
Celebrante: N. e N., viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: é de livre e espontânea vontade que o fazeis?
Noivos: Sim.
Celebrante: Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?
Noivos: Sim.
Celebrante: Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?
Noivos: Sim.
Celebrante: Caros noivos, antes de assumirem a aliança do matrimônio, a Igreja convida-os a expressar a natureza altruísta de seu amor perante a assembleia, que dará testemunho destas promessas diante de Deus.